sexta-feira, 26 de junho de 2009

Argentina (3)


O Sr. Grondona já no ano de 1985 dirigia a AFA, Associação de Futebol da Argentina e pelos lados da Federação Argentina de Futebol de Salão, por primeira vez, um porteño foi eleito presidente, ganhando direito de levar a Buenos Aires a sede representativa da modalidade.
Grondona, jamais se preocupou e talvez, até desconhecesse este novo esporte, contudo quando o futebol de salão foi introduzido na capital , foi realmente surpreendido. Em 1975, dez anos antes, o futebol de salão argentino, resumia-se a Corrientes, primeira cidade a adotá-lo (fronteiriça ao Paraguay) e Rosário, cidade esta que introduziu o futebol de salão a outras regiões do país. Em 1985, todavia, a realidade era muito diferente, pois a recente modalidade disseminou-se por toda Republica desde o sul, Ushuaia, ao norte Corrientes e cercanias, ao oeste, Mendoza e leste pelas varias cidades da província de Misiones.
Em Buenos Aires, clubes de bairros impulsionaram o futebol de salão a tal ponto que entidades esportivas do nível de um Gimnasia y Esgrima, Boca Juniors, River Plate, etc...equipes de futebol de campo, aderiram com força total, inscrevendo-se em categorias de base e adultos na emergente Federação de Futebol de Salão.
A inquietude do Presidente Grondona era real e antevia logicamente uma diminuição de valores traduzido em números de fichas( praticantes) o qual seguramente ocasionariam queda em entradas, cada vez maiores. Foram então estabelecidos contatos com o Sr. Havelange, onde este (Grondona ) conheceu o quão importante era o futebol de salão no Brasil. Temia isso.
É bom deixar claro que eu aqui não procuro criticar ou elogiar dirigentes, mas sim, entende-los.Eles se vêem em primeiro lugar como negociantes e é sob essa óptica que podemos compreende-los melhor, entendendo suas decisões.

( segue )

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